Pelo menos uma vez por mês, geralmente aos sábados, pode-se apreciar um grupo grande de pessoas de todas as idades, com binóculos, câmeras, guias, conversando animadamente entre si. Em diversos momentos, todos ficam silenciosos observando e fotografando alguma ave interessante. Durante o passeio, que dura cerca de duas horas, o grupo tem a oportunidade de visitar áreas do parque que normalmente são restritas aos pesquisadores do Instituto. Um ornitólogo acompanha o grupo, localizando e apontando as diferentes espécies e dando informações sobre elas. O Instituto Butantan produziu um pequeno guia de campo com imagens e informações, que são distribuídos para os participantes. São cerca de 150 espécies de aves no parque, e destas, entre 40 e 50 podem ser vistas em uma única manhã. As pessoas ficam admiradas ao perceber que bem ao lado delas, na cidade, existem aves tão lindas como o pica-pau-de-banda-branca (foto) e o pica-pau-de-cabeça-amarela (foto). A alma de gato (foto) e os bandos de papagaios (foto), maracanãs (foto) e periquitos (foto) também chama atenção. À noite os bacuraus e as corujas (foto) podem ser vistos, se o observador procurar com atenção. A corruíra (foto), o sabiá-laranjeira (foto) e o bem-te-vi (foto) são comuns, tanto no Butantan quanto nas ruas da cidade. O jacu (foto) espanta pelo seu tamanho, e bandos de 3 ou 4 aparecem de de manhã cedo ou no final da tarde no parque do Instituto.
Depois do passeio os observadores se reunem para um café da manhã coletivo, com bolos, pães, frutas, sucos e café trazidos por todos. Algumas vezes o café da manhã é acompanhado pelo som de flautas, tocadas pelos professores e alunos da escola de Música Movimento, que fica no bairro Butantã.
Por fim, assistem a uma apresentação e participam de um bate-papo, o “papo de Passarinho”, sobre algum tema relacionado às aves, vida silvestre ou à conservação, que pode ser conduzido por um pesquisador, um fotógrafo, um artista, um viajante, ou um educador.
Considerando a missão do Instituto Butantan e sua estreita ligação com a ciência e desenvolvimento, além de sua missão relacionada à manutenção da saúde e bem estar da população, é fácil perceber por que este projeto é realizado aqui: a ligação direta entre a conservação da natureza, a biodiversidade e a saúde da população.